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PL 4837/24 quer limitar suspensão de plataformas online 🚨

    O Projeto de Lei 4837/24 estabelece que qualquer suspensão por ordem judicial, mesmo que temporária, de plataformas on-line por conteúdo infringente deve ser medida absolutamente excepcional.

    Pela proposta, a suspensão ficará restrita a casos de uso do serviço como suporte para tentativa ou consumação de crimes:

    • previstos no Estatuto da Criança e do Adolescente;
    • considerados inafiançáveis e insuscetíveis de anistia ou graça pela Constituição Federal – ou seja, tortura, tráfico de drogas, terrorismo; e
    • hediondos.

    Em análise na Câmara dos Deputados, o texto altera o Marco Civil da Internet.

    “A suspensão de contas de usuários deve ser medida absolutamente excepcional e possível somente em situações muito graves”, afirma o deputado José Medeiros (PL-MT), autor do projeto. 

    Como é hoje
    Atualmente, o Marco Civil só responsabiliza o provedor de
    internet por danos decorrentes de conteúdo gerado por usuários se, após ordem judicial, ele não tomar as providências para tornar indisponível o conteúdo apontado como infringente.

    Pela lei, a ordem judicial deverá conter identificação clara e específica do conteúdo apontado como infringente, para permitir a localização inequívoca do material.

    As exceções são materiais contendo cenas de nudez ou de atos sexuais de caráter privado, divulgados sem autorização dos participantes, que podem ser notificados à plataforma por envolvidos ou seus representantes legais. 

    Retirada e suspensão
    “O  que se percebe nos últimos tempos é que não só conteúdos infringentes estão sendo tornados indisponíveis, mas usuários estão sofrendo suspensão das redes, enquanto que a lei menciona apenas a retirada de conteúdo”, critica o deputado. 

    “O que se pretende é que ordens judiciais não sejam instrumentos para censura prévia”, afirma. “Deve-se bloquear o conteúdo, mas não o direito de se manifestar.”

    Próximos passos
    A proposta será analisada em caráter conclusivo pelas comissões de Comunicação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

    Para virar lei, a proposta tem que ser aprovada pela Câmara e pelo Senado Federal. 

    Reportagem – Lara Haje
    Edição – Natalia Doederlein

    Com informações da Agência Câmara Notícias – Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados