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Pets & Fogos: Mantenha Seu Amigo Peludo Calmo!

 

Fogos de Artifício: Como Manter Seu Pet Calmo e Seguro

Ah, os fogos de artifício! Para nós, humanos, eles podem ser sinônimo de festa, celebração e alegria. Mas para nossos amigos de quatro patas, a história é bem diferente. O que para nós é um espetáculo de luzes e sons, para eles pode se transformar em um verdadeiro pesadelo. Os barulhos intensos e imprevisíveis causam pânico, estresse, e em casos extremos, até traumas e fugas perigosas. Mas não se desespere! Com amor, paciência e algumas estratégias infalíveis, você pode transformar o período dos fogos em algo mais tranquilo para o seu pet. Vamos descobrir como?

Por Que o Barulho dos Fogos Assusta Tanto Nossos Pets?

Antes de mergulharmos nas dicas, é essencial entender a raiz do problema. Não é “frescura” do seu pet. Há razões muito válidas para o pavor que eles sentem:

 

Sensibilidade Auditiva Aguçada

 

Cães e gatos possuem uma audição muito mais apurada que a nossa. Enquanto nós ouvimos sons de até 20.000 Hz, os cães podem captar frequências de até 45.000 Hz e os gatos, impressionantes 64.000 Hz! Isso significa que o estrondo de um fogo de artifício, que para nós já é alto, para eles é amplificado exponencialmente, soando como verdadeiras explosões dentro de seus ouvidos. A intensidade e a súbita aparição dos barulhos são avassaladoras.

 

Inprevisibilidade e Falta de Controle

 

Nós sabemos que os fogos vão acontecer em datas específicas, como Réveillon ou festas juninas. Nossos pets, não. Eles são pegos de surpresa a cada estampido. Essa falta de controle e a impossibilidade de prever o próximo barulho geram uma ansiedade profunda e uma sensação de vulnerabilidade. Eles não conseguem entender de onde vêm esses ruídos e o que eles significam, levando a um estado de alerta e medo constantes.

 

Instinto de Fuga

 

Em seu código genético, a resposta a um barulho alto e repentino é o “luta ou fuga”. Como eles não podem lutar contra o som, o instinto primário é fugir para um local seguro. É por isso que tantos pets se perdem durante as queimas de fogos, correndo desesperadamente para longe da fonte do barulho, sem rumo, e se colocando em situações de risco, como atropelamentos ou agressões.

 

Experiências Negativas Anteriores

 

Se o seu pet já teve uma experiência traumática com fogos no passado, ele pode desenvolver uma fobia ainda maior. O medo pode ser condicionado, fazendo com que ele associe o período de festas ao sofrimento, mesmo antes do primeiro estouro.

A Preparação é a Chave: Antes dos Fogos

A melhor defesa é um bom ataque, certo? Comece a se preparar bem antes da data fatídica. A antecipação pode fazer toda a diferença no bem-estar do seu peludo.

1. Consulte o Veterinário (Sempre!)

 

Antes de pensar em qualquer tipo de medicação ou “solução mágica”, converse com o veterinário de confiança do seu pet. Ele é a pessoa mais indicada para avaliar a saúde geral do seu animal e indicar a melhor estratégia. Em alguns casos, pode ser recomendado o uso de medicamentos ansiolíticos leves, mas isso deve ser sempre sob orientação profissional e nunca uma decisão sua. Jamais medique seu pet por conta própria! Florais, suplementos calmantes e feromônios também podem ser discutidos e, se aprovados, iniciados com antecedência para que o pet se adapte.

2. Identificação é Essencial

 

Mesmo com todas as precauções, acidentes acontecem. Certifique-se de que seu pet esteja com uma coleira com plaquinha de identificação, contendo seu nome e um número de telefone atualizado. Considere também a microchipagem, que oferece uma identificação permanente e segura, aumentando as chances de reencontro caso ele fuja.

3. Crie um “Quarto Seguro” ou Santuário

 

Este é um dos passos mais importantes! Prepare um local onde seu pet se sinta protegido e confortável. Pode ser um quarto, um cantinho no banheiro, a lavanderia ou até mesmo a casinha dele, desde que seja um lugar que ele já considere seguro e acolhedor. Este espaço deve:

 

 

    • Ser à prova de fuga: Verifique janelas, portas e portões. Eles precisam estar bem fechados e travados.

 

    • Ter um esconderijo: Uma caixa de transporte, uma casinha ou até mesmo uma caixa de papelão grande pode servir como um refúgio. Cubra com um cobertor para abafar ainda mais o som e proporcionar um local escuro e aconchegante.

 

    • Conforto: Coloque a caminha favorita, cobertores, brinquedos que ele adora e uma peça de roupa sua (com seu cheiro) para que ele se sinta seguro e com a sua presença.

 

    • Água e petiscos: Deixe água fresca e alguns petiscos especiais à disposição.

 

  • Ambiente familiar: O cheiro familiar ajuda a acalmá-lo. Não mude o local dele de repente.

 

4. Dessensibilização e Contracondicionamento

 

Se você tem tempo (meses antes), pode tentar um processo de dessensibilização e contracondicionamento. Isso envolve expor o pet gradualmente a sons de fogos de artifício em volume baixo, associando-os a experiências positivas (brincadeiras, petiscos, carinho). A ideia é que ele comece a associar o som a algo bom, e não a algo assustador. Existem gravações específicas para isso. Comece com volumes quase imperceptíveis e aumente muito lentamente, por dias ou semanas, sempre observando a reação do seu pet. Se ele mostrar sinais de estresse, diminua o volume imediatamente.

5. Enriquecimento Ambiental

 

Um pet que está mentalmente estimulado e com suas necessidades comportamentais atendidas tende a lidar melhor com o estresse. Brinquedos interativos, passeios regulares e brincadeiras que o desafiem podem ajudar a reduzir a ansiedade geral. Um pet cansado de forma saudável, física e mentalmente, tem mais chances de relaxar.

Durante o “Show” de Luzes e Barulhos: A Hora H!

Chegou o momento dos fogos. Calma! Seu comportamento é crucial para transmitir segurança ao seu pet.

1. Mantenha a Calma (Você!)

 

Pets são mestres em ler nossas emoções. Se você estiver ansioso, tenso ou com pena excessiva, ele vai perceber e entender que há um motivo para se preocupar. Respire fundo, aja normalmente. Sua calma é o porto seguro dele.

2. Fique Junto (Se Ele Quiser)

 

Seu pet busca conforto em você. Esteja presente, mas sem exagerar no “mimimi”. Ofereça carinho se ele buscar, mas evite pegá-lo no colo a todo momento ou fazer uma festa se ele demonstrar pânico. O objetivo é transmitir normalidade.

3. Ignore o Barulho, Não o Pet!

 

Essa é uma dica de ouro! Ao ouvir os fogos, não reaja com susto, preocupação ou pena. Se você se alarmar, ele aprenderá que o barulho é, de fato, perigoso. O que você deve ignorar é o SOM dos fogos. Não o seu pet. Se ele vier até você buscando carinho, ofereça-o. Se ele se esconder, deixe-o no esconderijo. O importante é não reforçar o comportamento de medo com atenção excessiva ou pânico. O ideal é continuar com a rotina normal da casa, como se nada estivesse acontecendo.

4. Distraia com Brincadeiras e Petiscos

 

Tente desviar a atenção dele do barulho. Ofereça um brinquedo recheado com patê ou pasta de amendoim (especial para pets!), um petisco delicioso que ele adore, ou até mesmo comece uma brincadeira leve se ele estiver receptivo. O objetivo é criar uma associação positiva, transformando um momento de medo em um momento de prazer.

5. Abafadores de Som: Música, TV ou Ruído Branco

 

Música clássica, sons relaxantes para pets (existem playlists no YouTube e Spotify!), a televisão ligada em um volume um pouco mais alto ou um ventilador/purificador de ar (ruído branco) podem ajudar a abafar os sons externos e criar um ambiente mais previsível e acolhedor para o seu pet. Certifique-se de que o volume seja agradável para ele, não muito alto.

6. Feche Janelas e Cortinas

 

Além de ajudar a abafar o som, fechar janelas e cortinas impede que seu pet veja os clarões das explosões, que também contribuem para o susto. Crie um ambiente mais escuro e isolado.

7. Produtos Calmantes (com Orientação!)

 

No mercado, existem alguns produtos que podem auxiliar, mas sempre com orientação veterinária:

 

 

    • Feromônios sintéticos: Disponíveis em difusores de tomada, sprays ou coleiras, eles mimetizam os feromônios maternos que transmitem segurança. Podem ser usados por semanas antes do evento.

 

    • Colete de Compressão: Marcas como Thundershirt criam uma pressão suave e constante no corpo do pet, similar a um abraço, que pode ter um efeito calmante em alguns animais.

 

  • Suplementos Naturais e Florais: Alguns suplementos à base de triptofano, L-teanina ou florais podem ajudar a reduzir a ansiedade. No entanto, sua eficácia varia e devem ser usados sob supervisão veterinária.

 

Pós-Fogos: Após a Tempestade

Ufa! Os fogos acabaram. Mas o cuidado não termina aí.

1. Verifique o Pet

 

Assim que os barulhos cessarem, observe seu pet. Ele está bem? Não há ferimentos (se ele tentou fugir ou se chocou com algo)? Ele se acalmou? Ofereça água e veja se ele quer comer algo. Muitos pets podem ficar ofegantes e com batimentos cardíacos acelerados mesmo após o fim dos fogos.

2. Recompense a Calma

 

Se ele se acalmou e saiu do esconderijo, recompense-o com carinho, um elogio ou um petisco. Reforce o comportamento de tranquilidade.

3. Limpeza e Segurança da Área

 

Se a queima de fogos foi próxima à sua casa, verifique o quintal, a rua, e as áreas que seu pet pode acessar. Restos de fogos de artifício são extremamente perigosos se ingeridos ou se entrarem em contato com a pele, causando queimaduras graves.

Casos Especiais e Quando Procurar Ajuda Profissional

Filhotes e Idosos

 

Filhotes são mais sensíveis e podem desenvolver fobias facilmente. Idosos, por sua vez, podem ter problemas de saúde que se agravam com o estresse dos fogos, ou sua audição e visão podem já estar comprometidas, tornando a experiência ainda mais confusa e assustadora.

Pets com Histórico de Trauma

 

Se seu pet já sofreu um trauma significativo com fogos, ou se sua ansiedade é extrema (automutilação, vômitos, diarreia, tremores incontroláveis), o apoio de um profissional é indispensável.

Quando Procurar Ajuda Profissional?

 

Se, mesmo com todas as dicas, seu pet continua sofrendo intensamente, não hesite em procurar:

 

 

    • Veterinário Comportamentalista: Um especialista em comportamento animal pode diagnosticar a fobia e desenvolver um plano de tratamento específico, que pode incluir terapia comportamental, dessensibilização mais avançada e, se necessário, medicação.

 

  • Adestrador/Comportamentalista: Um bom profissional pode ajudar a implementar técnicas de dessensibilização e contracondicionamento de forma eficaz e segura.

 

Lembre-se, o amor e a paciência são os seus maiores aliados. Ver seu pet sofrendo é doloroso, mas sua presença e suas ações podem fazer toda a diferença. Ao implementar essas dicas, você não apenas o protege do medo dos fogos, mas também fortalece o vínculo de confiança entre vocês, mostrando que, não importa o quão assustador o mundo exterior possa parecer, ele sempre terá um porto seguro ao seu lado. Juntos, vocês podem superar qualquer barulho!

 

Equipe Blog do Lago – Foto gerada por IA

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