Déficit primário em 2025 já passa dos R$ 500 bilhões
Até o dia 6 de junho de 2025, o governo federal arrecadou pouco mais de R$ 1,7 trilhão, mas já gastou R$ 2,2 trilhões. O resultado é um déficit primário de aproximadamente R$ 500 bilhões, segundo fontes oficiais.
O que é o déficit primário?
De forma simples, o déficit primário acontece quando o governo gasta mais do que arrecada, sem considerar os juros da dívida pública. Isso inclui despesas com saúde, educação, obras, salários e demais gastos do dia a dia da administração pública.
Esse indicador serve como um termômetro da saúde fiscal do país e sinaliza se o governo consegue se sustentar com suas receitas correntes. Quando está no vermelho, o alerta de desequilíbrio acende.
Transparência com Gasto Brasil e Impostômetro
Hoje, o cidadão tem acesso facilitado a esses números por meio de duas ferramentas digitais:
- Impostômetro: já conhecido, acaba de completar 20 anos de funcionamento.
- Gasto Brasil: plataforma lançada recentemente, que permite consultar por cidade, estado ou esfera federal onde os recursos públicos estão sendo utilizados.
As informações exibidas na plataforma são extraídas do Tesouro Nacional e incluem despesas com previdência, pessoal e encargos sociais. Os dados também são projetados em um painel de LED em São Paulo, ao lado do Impostômetro, tornando o acompanhamento ainda mais acessível à população.
Ferramenta de cidadania e controle social
Para Estevan Luiz Muskat, da Associação Comercial e Industrial de São Carlos, entender o déficit primário é essencial para todas as áreas da economia: “Ele orienta decisões no agronegócio, comércio, indústria. A transparência desses dados é um pilar estratégico para qualquer planejamento.”
Já Alfredo Cotait, presidente da CACB, reforça o papel educativo da plataforma: “Assim como o Impostômetro, o Gasto Brasil é uma ferramenta de conscientização. Precisamos mostrar à sociedade que estamos deixando uma conta muito cara para o futuro.”
Com essa ferramenta, empresários, gestores públicos e cidadãos passam a contar com uma base sólida para debater o uso do dinheiro público, fortalecendo o controle social e promovendo um país mais consciente e participativo.
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Com informações do Brasil 61 – Foto: Reprodução Gasto Brasil