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Cotação do Boi Gordo Cai Pela Terceira Vez Consecutiva em São Paulo: O Que Esperar?

    Hoje, a cotação do boi gordo começou o dia a R$ 216,70, registrando uma queda no estado de São Paulo. Esta é a terceira queda consecutiva desta mercadoria, que teve seus preços reduzidos entre abril e maio deste ano. As desvalorizações são explicadas pela maior oferta de animais no campo. O valor é referente à arroba de 15 kg.

    O mercado de carne bovina tem enfrentado turbulências recentemente. O aumento na oferta de animais prontos para abate no campo resultou em uma pressão descendente nos preços. A tendência de queda se intensificou ao longo de abril e maio, deixando produtores e investidores atentos às variações do mercado.

    Enquanto o boi gordo enfrenta essa pressão de preços, o mercado de frango apresenta um cenário distinto. Os preços do frango congelado e do frango resfriado tiveram alta no dia, alcançando R$ 7,05 e R$ 7,30 por quilo, respectivamente, para a região de referência da Grande São Paulo, São José do Rio Preto e Descalvado. No entanto, a tendência do último mês também foi de queda, explicada pela menor demanda da carne.

    O quilo da carcaça suína especial no atacado da Grande São Paulo custa R$ 9,83. Apesar de uma estabilidade relativa, o mercado de carne suína também não está isento de desafios. A demanda flutuante e os custos de produção são fatores que podem influenciar os preços a curto prazo.

    O Que Está Por Trás das Quedas no Preço do Boi Gordo?

    A maior oferta de animais no campo tem sido o principal fator para a queda no preço do boi gordo. Com mais animais disponíveis para o abate, os frigoríficos têm mais opções, o que resulta em uma pressão sobre os preços pagos aos pecuaristas. Esse aumento na oferta pode ser resultado de diversos fatores, incluindo estratégias de manejo dos pecuaristas e condições climáticas que favorecem o crescimento do rebanho.

    Além disso, o mercado interno tem enfrentado desafios relacionados ao consumo de carne bovina. A retração econômica e a inflação impactaram o poder de compra dos consumidores, levando a uma menor demanda por carne bovina, que é relativamente mais cara em comparação a outras proteínas, como frango e suínos.

    Tendências do Mercado de Carne de Frango e Suína

    Apesar das quedas observadas no último mês, os preços do frango congelado e resfriado registraram uma leve alta no dia. Esta alta pode ser temporária e está relacionada a ajustes sazonais na oferta e demanda. No entanto, a tendência de queda predominante sugere que os produtores de frango precisam ficar atentos às mudanças no mercado consumidor e nas condições de exportação.

    No setor suinícola, a estabilidade dos preços da carcaça suína especial indica que, até o momento, a oferta e a demanda estão relativamente equilibradas. No entanto, como em qualquer mercado de commodities, fatores externos podem rapidamente alterar essa dinâmica. Exportações, custos de insumos e políticas sanitárias são apenas alguns dos elementos que podem impactar os preços futuros.

    Perspectivas e Ações para Pecuaristas e Produtores

    Para os pecuaristas de boi gordo, o cenário atual exige cautela e planejamento. É importante considerar estratégias que possam mitigar os impactos das flutuações de preço, como contratos de venda futura e diversificação da produção. Além disso, manter-se informado sobre as tendências do mercado e as previsões climáticas pode ajudar na tomada de decisões mais acertadas.

    Para os produtores de frango e suínos, a atenção deve estar voltada para a eficiência produtiva e a gestão de custos. Inovações tecnológicas e melhorias na logística podem ajudar a reduzir despesas e aumentar a competitividade no mercado. Além disso, explorar novos mercados de exportação pode ser uma forma de compensar a menor demanda interna.

    Com informações do Brasil 61 – Foto: divulgação