Outubro Rosa leva exames e saúde mental a mulheres custodiadas
As mulheres em privação de liberdade custodiadas na Penitenciária Feminina de Foz do Iguaçu – Unidade de Progressão (PFF-UP) estão fazendo exames de prevenção ao câncer de mama e do colo do útero e recebem, também, ações de saúde mental. A iniciativa faz parte da campanha Outubro Rosa.
A direção da unidade prisional, que conta com 266 custodiadas, tem realizado várias ações de atenção integral à saúde da mulher, tanto física, com exames e diagnósticos, quanto à saúde mental, com palestras, rodas de conversa e sessões de terapia. As atividades têm apoio da equipe de saúde da Polícia Penal do Paraná (PPPR), da Secretaria de Saúde de Foz do Iguaçu e de alunos da instituição de ensino Descomplica-Uniamérica, que são supervisionados por seus docentes.
“Estas ações de promoção à saúde são uma das prioridades da PPPR. O tratamento penal é algo amplo, complexo, e para que efetivamente possamos implantar as políticas de reinserção social é muito importante que as pessoas estejam saudáveis”, afirma o diretor da Regional Administrativa da PPPR em Foz do Iguaçu, Cássio Rodrigo Pompeo. “Esta ação da PFF-UP encontra-se alinhada às diretrizes legais e à nossa filosofia de trabalho”, diz ele.
AÇÕES – No mês de outubro, todas as mulheres em privação de liberdade realizarão exame Papanicolau, preventivo do câncer de colo de útero e outras doenças que afetam o sistema genital feminino. As mulheres custodiadas com mais de 40 anos serão encaminhadas ao sistema de saúde municipal para a realização de mamografias, que avalia a saúde das mamas, detectando a presença de nódulos que podem evoluir para o câncer de mama.
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), a prevenção e o diagnóstico precoce, tanto do câncer de colo de útero quanto do câncer de mama, são fatores determinantes para o sucesso do tratamento, onde as chances de cura são de quase cem por cento.
“As ações desenvolvidas na PFF-UP evidenciam humanidade no tratamento penal, em que a saúde e o bem-estar são entendidos por uma perspectiva global”, diz diretora da Penitenciária Feminina de Foz do Iguaçu, Helena Maria Almeida Pasin. “O acesso à saúde é um direto de todos, e proporcionar o acesso à pessoa privada de liberdade é fomentar o tratamento penal de forma correta e eficiente”, afirma.
As rodas de conversa realizadas na PFF-UP por alunos do curso de Psicologia da Uniamérica-Descomplica visam a reconstrução dos valores morais e sociais das internas. São sessões terapêuticas realizadas em grupo, onde os sentimentos são trabalhados, as situações e as histórias de vida são ressignificadas, tudo realizado em um ambiente seguro, sem julgamentos.
Com informações da AEN – Foto: PPPR