CRIME – De acordo com a investigação, as vítimas procuravam a profissional para consultas dermatológicas e eram informadas de que algumas pintas presentes no corpo tinham características de câncer. Assim, era retirada uma amostra para ser enviada para biópsia.

Na sequência, a médica informava a necessidade da paciente retornar ao consultório em virtude do laudo de exame constatar que a vítima estaria com câncer.

Em uma nova consulta, ela mostrava um laudo que indicava a presença da doença e realizava o procedimento de ampliação de margens para retirada das supostas células cancerígenas, cobrando os valores por isso.

De acordo com o delegado da PCPR Helder Andrade, as vítimas relataram uma forte pressão psicológica realizada pela suspeita para que fizessem os procedimentos indicados por ela no ato da consulta, sendo que os pagamentos deveriam ser efetuados no ato, não podendo ser utilizado o plano de saúde.

“Conforme o laudo pericial, os laudos laboratoriais eram falsificados pela da sobreposição de fragmentos de papel acima do diagnóstico original, gerando um novo diagnóstico falso do qual era realizada uma fotocópia”, explica.

A médica foi indiciada pelos crimes de lesão corporal, estelionato e falsificação de documento particular contra 31 vítimas que foram identificadas ao longo da investigação.

Com o indiciamento, a PCPR concluiu o inquérito policial e encaminhou à justiça.