Liturgia Diária – Domingo, 12 de Outubro de 2025
O Evangelho de hoje nos convida a meditar sobre a gratidão e a fé. Jesus cura dez leprosos, mas apenas um volta para agradecer. Este ato de retorno e louvor não é apenas um reconhecimento do milagre, mas uma profunda demonstração de fé que vai além da cura física, alcançando a salvação. Reflitamos sobre a importância de sermos gratos em nossa caminhada diária, reconhecendo as bênçãos e a presença divina em nossas vidas.
Evangelho segundo São Lucas 17,14-16: “Então Jesus lhes disse: ‘Ide apresentar-vos aos sacerdotes’. E aconteceu que, enquanto iam, ficaram curados. Um deles, ao perceber que estava curado, voltou, glorificando a Deus em alta voz. Atirou-se aos pés de Jesus, com o rosto em terra, e lhe agradeceu. E este era samaritano.”
Naquele tempo, Jesus estava a caminho de Jerusalém e passava entre a Samaria e a Galileia. Ao entrar num povoado, dez leprosos vieram ao seu encontro. Pararam à distância e gritaram: “Jesus, Mestre, tem piedade de nós!”
Jesus os viu e disse: “Ide apresentar-vos aos sacerdotes”. E aconteceu que, enquanto iam, ficaram curados. Um deles, ao perceber que estava curado, voltou, glorificando a Deus em alta voz. Atirou-se aos pés de Jesus, com o rosto em terra, e lhe agradeceu. E este era samaritano.
Então Jesus perguntou: “Não foram dez os curados? Onde estão os outros nove? Não houve quem voltasse para dar glória a Deus, a não ser este estrangeiro?” E Jesus disse ao leproso: “Levanta-te e vai! Tua fé te salvou”.
Palavra do Senhor.
Glória a vós, Senhor.
O evangelho do dia 12/10/2025, retirado de São Lucas, nos apresenta uma das mais belas e, ao mesmo tempo, desafiadoras passagens da Sagrada Escritura: a cura dos dez leprosos. Esta narrativa não é apenas um relato de um milagre de cura física, mas um profundo ensinamento sobre a verdadeira fé e a importância da gratidão.
Jesus, em sua jornada, encontra um grupo de leprosos. Naquele tempo, a lepra não era apenas uma doença física devastadora; era também uma condição social que relegava o indivíduo à marginalidade e ao isolamento completo. A compaixão de Jesus é evidente quando Ele atende ao clamor: “Jesus, Mestre, tem piedade de nós!”. Ele não se detém nas barreiras sociais ou religiosas, mas oferece a cura a todos, sem distinção.
A fé dos leprosos também é notável. Eles não pedem a cura diretamente, mas a misericórdia de Jesus. E, ao serem instruídos a ir aos sacerdotes (conforme a lei mosaica para a constatação da cura e reintegração social), eles obedecem. É no ato de obedecer e de se colocar a caminho que a cura se manifesta. Isso nos lembra que a fé muitas vezes exige um passo, um movimento, uma atitude de confiança antes que o milagre se complete.
O ponto central do Evangelho do dia 12 de Outubro é o retorno de apenas um dos dez curados, e este era um samaritano. Os samaritanos eram considerados estrangeiros e hereges pelos judeus. A ironia e a profundidade da cena são marcantes: enquanto os nove judeus, provavelmente mais “religiosos” ou “observadores da lei”, seguem seu caminho após a cura, é o “estrangeiro” quem volta. Ele não só volta, mas o faz “glorificando a Deus em alta voz” e se prostra aos pés de Jesus, com o rosto em terra, para agradecer.
Este samaritano demonstra uma gratidão que vai além da simples educação. Ele reconhece a fonte da sua cura e, mais importante, a fonte da sua salvação. Jesus, ao perguntar: “Não foram dez os curados? Onde estão os outros nove?”, nos faz refletir sobre a frequência com que recebemos bênçãos em nossas vidas e, no entanto, falhamos em retornar para agradecer. A gratidão é uma virtude essencial, que abre o coração para uma relação mais profunda com Deus e com o próximo.
A resposta final de Jesus ao samaritano – “Levanta-te e vai! Tua fé te salvou” – é crucial. Os outros nove foram curados, mas este samaritano foi “salvo”. A cura física liberta da doença, mas a salvação é uma libertação muito maior, que atinge a alma e o espírito. A fé que o samaritano demonstrou ao voltar para agradecer, ao glorificar a Deus, foi a fé que o levou a um encontro mais íntimo com Jesus, transformando-o completamente.
Para nós, no evangelho do dia 12/10/2025, fica o convite a examinar nossa própria atitude de gratidão. Quantas vezes pedimos e recebemos, mas esquecemos de agradecer? Agradecer é reconhecer que tudo vem de Deus, é uma forma de louvor e de adoração. Que possamos aprender com o samaritano a voltar sempre aos pés de Jesus, com o coração cheio de gratidão e a fé que salva.
Para aprofundar sua fé diariamente, confira também o Santo do Dia e inspire-se nos exemplos de santidade.
A lição da gratidão não se restringe apenas aos momentos de cura milagrosa, mas se estende a todas as áreas da nossa existência. Em Vatican News, encontramos diversas exortações papais sobre a importância de cultivar um coração grato. Agradecer a Deus pelos pequenos e grandes dons, pelas alegrias e pelas provações (que também nos ensinam e fortalecem) é uma prática que nos aproxima do Criador e nos torna mais sensíveis à sua presença em nosso cotidiano. Que este evangelho do dia nos impulsione a viver em constante ação de graças.
Senhor Jesus, Mestre compassivo, agradecemos por Tua palavra que nos cura e nos salva. Neste evangelho do dia 12/10/2025, aprendemos a lição da gratidão e da fé que se manifesta no retorno e no louvor. Ajuda-nos, Senhor, a reconhecer as inúmeras bênçãos em nossas vidas e a Te render graças em todos os momentos, não apenas nos de cura, mas em cada passo de nossa jornada. Que nosso coração esteja sempre voltado para Ti, glorificando-Te com nossa vida e com nossa fé. Que possamos ser como o samaritano, que soube voltar para agradecer e encontrou a plenitude da salvação.
Amém.
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