O cultivo sombreado da erva-mate no Paraná foi reconhecido nesta quarta-feira (21) pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) como Patrimônio de Sistemas Agrícolas de Importância Global (GIAHS). A FAO valoriza práticas agrícolas sustentáveis, com respeito ao conhecimento tradicional e à biodiversidade.
Este é apenas o segundo reconhecimento do tipo concedido ao Brasil. O outro foi aos apanhadores de flores sempre-vivas da Serra do Espinhaço (MG). Atualmente, 95 sistemas agrícolas em 28 países detêm esse título.
Com mais de 30 mil famílias envolvidas, o Paraná lidera a produção de erva-mate no Brasil. Segundo o Valor Bruto da Produção (VBP) de 2023, o setor movimenta R$ 1,3 bilhão anualmente.
Diferente do cultivo a pleno sol, a erva-mate sombreada cresce sob florestas nativas, principalmente de araucárias. Esse sistema favorece a presença de compostos valorizados como taurina e teobromina, utilizados nas indústrias de chás, cosméticos e energéticos.
De acordo com o engenheiro florestal Avner Paes Gomes, do IDR-Paraná, o sistema sombreado funciona como um consórcio florestal que preserva espécies nativas e gera renda. “É um modelo valorizado no mercado internacional por sua sustentabilidade”, afirmou.
Junto com o sistema paranaense, a FAO também reconheceu práticas sustentáveis do México, Espanha e China, como o cultivo de batata-doce em Lanzarote e o chá branco de Fujian.
O cultivo sombreado da erva-mate tem raízes indígenas e é um exemplo de continuidade cultural. Por conta da topografia desafiadora da região Centro-Sul do Paraná, ele também se tornou um pilar econômico regional.
O Estado, por meio do programa Vocações Regionais Sustentáveis (VRS), oferece oficinas para produtores. O objetivo é ampliar o mercado da erva-mate paranaense.
Desde 2017, a erva-mate de São Mateus do Sul possui selo de Indicação Geográfica (IG), concedido pelo INPI. Esse selo reconhece a tradição e o diferencial do produto regional.
O Estado foi eleito o mais sustentável do Brasil pelo Ranking de Competitividade dos Estados, segundo o CLP. Destaques incluem a redução de 64% do desmatamento ilegal e o aumento de 13% nas matas ciliares.
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Com informações da AEN – Foto: Gilson Abreu
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