Bia Nunnes revê personagem icônica em ‘História de Amor’ 💖
Vizinha, comadre e melhor amiga de Helena (Regina Duarte), Marta, vivida por Bia Nunnes, é uma das personagens inesquecíveis de ‘História de Amor’. Nesse clássico de Manoel Carlos que está de volta a partir da próxima segunda, dia 10, no ‘Edição Especial’, a madrinha de Joyce (Carla Marins) trabalha duro em uma loja num shopping. É bem-humorada, intuitiva, uma pessoa que gosta de viver. Casada com Sinval (Ricardo Petraglia) e mãe de Ritinha (Ingrid Fridman), ela conta com o total apoio da família e dos amigos quando descobre um câncer de mama e vê sua vida mudar. Fazer um trabalho social por meio da novela foi gratificante para a atriz, que até hoje recebe abordagens sobre a personagem. “Foi um trabalho diferente de tudo que havia feito até então. A cena do autoexame, por exemplo, é de suma importância na história. É o momento da conscientização da personagem, que se vê diante de seu drama pessoal, e que mexe com todo o núcleo: marido, filha, amigos, trabalho… e do fundamental apoio dos que a cercavam. E na vida real foi igualmente emocionante. Lembro bem das inúmeras vezes em que fui abordada, logo após a exibição do capítulo. Mulheres de idades diferentes sempre agradecendo a realidade mostrada. Mérito coletivo e especialmente do autor Manoel Carlos”, relembra a atriz.
Na entrevista abaixo, Bia Nunnes conta um pouco mais sobre o trabalho em ‘História de Amor’.
Entrevista com Bia Nunnes
O que sentiu quando soube que ‘História de Amor’ vai ao ar no ‘Edição Especial’?
Uma grande alegria. É emocionante saber que passados quase trinta anos, ‘História de Amor’ ainda continua na mente das pessoas.
O que esse trabalho representa na sua carreira? Considera um dos seus maiores destaques em novelas?
É um trabalho muito especial, que reverbera até hoje. Sim, a Marta, vizinha, amiga e confidente de Helena (Regina Duarte) foi um dos personagens mais importantes que vivi na teledramaturgia.
Como foi o processo de criação da Marta, especialmente depois que ela descobre o câncer de mama?
Quando estávamos começando as gravações, fui a muitas instituições e me reuni com grupos que, na época, eram praticamente pioneiros na divulgação desse mal que atinge mulheres e homens. É tão bom quando a criação é também instrumento de informação e auxílio aos espectadores.
Como foi fazer um trabalho social por meio da novela? Enquanto a obra esteve no ar, registrou-se o aumento no número de exames preventivos pelo Instituto Nacional do Câncer.
Diferente de tudo que havia feito até então. A cena do autoexame, por exemplo, é de suma importância na história. É o momento da conscientização da personagem, que se vê diante de seu drama pessoal, e que mexe com todo o núcleo: marido, filha, amigos, trabalho… e do fundamental apoio dos que a cercavam. E na vida real foi igualmente emocionante. Lembro bem das inúmeras vezes em que fui abordada, logo após a exibição do capítulo. Mulheres de idades diferentes sempre agradecendo a realidade mostrada. Mérito coletivo e especialmente do autor Manoel Carlos.
Quais as lembranças que guarda dos bastidores de gravação e do convívio com o elenco?
O diretor Ricardo Waddington foi muito sensível na gravação da cena em que a Marta toma coragem para se olhar no espelho pela primeira vez, logo após a cirurgia de mastectomia. E o convívio com os colegas não poderia ter sido melhor. Na trama, vários personagens aparecem com suas histórias, às vezes engraçadas, às vezes muito duras. E entre nós, elenco, houve muito apoio, carinho e aquela troca de figurinhas tão necessária na rotina do trabalho.
Houve uma cena ou sequência mais desafiadora?
Ah…, a Joyce! A danada faz a madrinha perder a cabeça. Depois de tantas atitudes infantis e injustas com a mãe Helena, a Marta lhe dá um basta! Em pleno hall do andar em que moram. E aí… vale à pena ver de novo no ‘Edição Especial’.
Como era interpretar um texto de Manoel Carlos, um autor tão importante para a nossa dramaturgia?
O Maneco, como gostávamos de chamar na intimidade, é um gênio! Manoel Carlos é admirado por todos. Foi um privilégio na minha história ter interpretado uma personagem tão profunda e empática como a Marta, que ele me confiou. Sou muito grata.
O público até hoje comenta sobre essa personagem com você?
Certamente. É como se a novela tivesse sido exibida recentemente. Sou sempre abordada com imenso carinho.
Você está longe das novelas há muitos anos. Sente falta de atuar nesse gênero? E quais são seus projetos atuais?
Sinto sim. Adoro teledramaturgia e o público sempre me pergunta por que estou afastada das novelas. Estou reativando a minha pequena produtora. Em breve terei novidades.
Com estreia nesta segunda, 10 de fevereiro, após o ‘Jornal Hoje’, no ‘Edição Especial’, ‘História de Amor’ é uma obra de Manoel Carlos. A novela tem direção artística de Paulo Ubiratan, direção geral de Ricardo Waddington e direção de Roberto Naar e Alexandre Avancini.
Com informações da Comunicação Globo – Foto: Globo/ Arley Alves