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    A renda média dos trabalhadores no Paraná aumentou 6,7% em um ano – entre o 2º trimestre de 2023 e o 2º trimestre de 2024. O percentual representa a variação dos ganhos mensais das pessoas com 14 anos ou mais ocupadas no Estado, cujos dados mais recentes integram a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgados nesta quinta-feira (15) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Outro avanço ocorreu na equidade de gênero, com as mulheres diminuindo a diferença de remuneração para os homens no Estado.

    No intervalo entre os dois trimestres analisados, que compreendem o período entre abril e junho dos dois anos mais recentes, o rendimento médio dos trabalhadores passou de R$ 3.239 para R$ 3.457 ao mês no Paraná. Essa melhoria representou o 7º maior aumento proporcional entre os 26 estados e o Distrito Federal para o período, em que apenas 10 unidades da Federação registraram ampliação no rendimento médio das pessoas empregadas.

    Em nível nacional, o rendimento médio dos trabalhadores brasileiros cresceu cerca de 5,8% no intervalo de um ano, subindo de R$ 3.037 no 2º trimestre de 2023 para R$ 3.214 no mesmo período deste ano.

    O 2º trimestre de 2024 também marca o 6º trimestre seguido de aumento na remuneração média das pessoas que trabalham no Paraná. O desempenho fez com que o Estado ultrapassasse o Mato Grosso do Sul na remuneração média dos trabalhadores nos 12 últimos meses analisados. Com isso, o Estado tem agora os empregados com o 7º maior rendimento médio mensal do Brasil.

    Segundo o presidente do Ipardes, Jorge Callado, o aumento real dos salários no Paraná, acima dos índices de inflação, é consequência de um mercado de trabalho aquecido. “O Estado vem registrando seguidos decréscimos nas taxas de desocupação, o que ajuda a impulsionar o salário médio dos trabalhadores”, comentou.

    PARIDADE DE GÊNERO – Além do crescimento geral da renda dos trabalhadores, o mercado de trabalho paranaense também demonstra uma evolução na redução das desigualdades de gênero. Apesar disso, o levantamento do IBGE demonstra que ainda há espaço para mais avanços.

    Enquanto o rendimento médio das mulheres ocupadas cresceu quase 9%, passou de R$ 2.667 para R$ 2.906, a remuneração dos homens variou 5,6%, subindo de R$ 3.659 para R$ 3.865. Com isso, a diferença nos ganhos por gênero caiu de R$ 992 para R$ 959 ao mês.

    ATIVIDADES – A PNAD Contínua também apresenta dados de rendimento dos trabalhadores segmentados conforme a ocupação para diferentes setores econômicos no Paraná.

    Com uma renda mensal média de R$ 4.837, os empregados da administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais aparecem no topo da lista. Depois, estão os trabalhadores das áreas de informação, comunicação, atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativos, com ganho médio de R$ 4.318 ao mês.

    A lista inclui ainda os trabalhadores relacionados às atividades de transporte, armazenagem e correios, com renda média de R$ 3.722; os ligados ao comércio e reparação de veículos (R$ 3.100); indústria de transformação (R$ 3.042); construção civil (R$ 2.812); agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (R$ 2.731); e alojamento e alimentação (R$ 2.506).

    Na avaliação do secretário estadual do Trabalho, Qualificação e Renda, Mauro Moraes, a melhoria da condição financeira dos trabalhadores é reflexo do dinamismo da economia do Paraná. “O Estado tem uma economia sólida e que vem atraindo novos investimentos, o que faz com que tenhamos uma das menores taxas de desocupação do País, de apenas 4,4%, e favorece a oferta de vagas mais atrativas aos trabalhadores”, afirmou.

    MASSA DE RENDIMENTO – Outro indicador contido na PNAD Contínua do IBGE é a chamada ‘Massa de Rendimento’, Ela refere-se à multiplicação do número total de pessoas ocupadas pelo rendimento médio, o que ajuda a retratar o impacto financeiro gerado pelos trabalhadores na economia.

    No caso do Paraná, a massa de rendimento de todos os trabalhadores totalizou R$ 20,543 bilhões no 2º trimestre de 2024, contra R$ 18,779 bilhões no mesmo período do ano passado, um aumento de 9,39% em um ano. A variação deste indicador acima da referente ao rendimento pode ser explicada pelo crescimento no número geral de postos de trabalho no Estado, com a consequente redução na taxa de desocupação estadual.

    Os dados completos sobre a PNAD Contínua relacionados ao Paraná, incluindo informações sobre o rendimento dos trabalhadores, podem ser consultados no sistema Sidra do IBGE.

    Com informações da AEN – Foto: Ari Dias/AEN